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Ficou aterradoramente claro que a tecnologia entrou em nossas vidas de forma a não mais sair. Podemos perceber isso quando vamos ao médico e percebemos vários equipamentos eletrônicos que o auxiliam, quando nos comunicamos com pessoas a média ou longa distância por via da internet, sensores de aproximação nas portas das lojas ou no próprio trânsito com mecanismos que auxiliam deficientes tanto auditivos quanto visuais a se locomoverem.
No entanto, a tecnologia agora entra em um novo patamar, no de substituir antigas áreas e competências antes designadas a pessoas (sim, algumas profissões deixarão de existir), pois com o avanço tecnológico, novas profissões estão sendo criadas e consequentemente outras sendo extintas, por isso a exigência a partir de agora de uma maior capacitação sobretudo nessa área. Logo não precisaremos mais tirar carteira de habilitação pelo fato de um carro controlado por piloto automático ter uma maior segurança no trânsito, ou teremos mais segurança em hospitais pois como sabemos o fator psicológico e preparo para um médico realizar uma cirurgia são fatores inerentes à realização de um procedimento com sucesso, e com máquinas ocupando esses cargos, o fator estresse não afetará os robôs, ou seja, tendo uma maior eficiência e diminuindo os riscos de algo dar errado. Veja abaixo algumas profissões, segundo a BBC, que estão ameaçadas a deixar de existir nos próximos anos:
Motoristas de táxi
Motoristas de táxi ao redor do mundo vêm travando uma batalha com o aplicativo de carona paga Uber. Mas tanto o Uber quanto fabricantes de veículos e até mesmo o Google já estão buscando criar um serviço que dispense a presença do motorista.
No final deste ano, módulos de táxi automatizados vão começar a operar nas ruas da cidade de Milton Keynes, na Inglaterra, oferecendo corridas pela cidade. O governo britânico está atualizando as placas de trânsito para viabilizar o funcionamento dos carros sem motorista.
No entanto, para Steven McNamara, presidente da Licensed Taxi Drivers Association, o principal sindicato da categoria no Reino Unido, carros sem motorista não ameaçam o emprego de taxistas.
"Veículos autônomos vão precisar de mudanças na legislação para poderem operar nas ruas britânicas, a tecnologia ainda engatinha e não foi completamente testada em ambientes urbanos. Na realidade, há dúvidas sobre se os carros automatizados vão compartilhar o mesmo espaço com veículos tradicionais".
Operários de fábrica
Na China, humanos estão construindo robôs que eventualmente os substituirão. A primeira fábrica apenas operada por robôs está sendo construída na cidade de Dongguan, famoso polo operário da China.
A planta, controlada pela Sehnzhen Evenwin Precision Technology, busca reduzir a força de trabalho dos atuais 1,8 mil funcionários em 90%, segundo Chen Zingui, presidente do Conselho de Administração da companhia.
Mas as ambições chinesas vão além de uma simples fábrica. Desde setembro do ano passado, um total de 505 fábricas em Dongguan investiu o equivalente a R$ 2,6 bilhões na aquisição de robôs. O objetivo é substituir mais de 30 mil operários, segundo o Escritório de Tecnologia de Informação e Economia de Dongguan.
A Foxconn, por exemplo, que fabrica aparelhos eletrônicos como os iPhones da Apple, também planeja um exército de robôs, embora suas ambições sejam muito mais modestas – com a substituição de 30% da atual força de trabalho nos próximos cinco anos.
Jornalistas
Cada vez mais companhias vêm oferecendo softwares capazes de coletar dados e transformá-los em textos minimamente compreensíveis.
Isso significa que, em um futuro próximo, as reportagens não serão mais escritas por jornalistas. Kristian Hammond, chefe-cientista da Narrative Science, uma plataforma que gera conteúdo narrativo automatizado, estima que, em 15 anos, 90% das notícias serão escritas por máquinas.
Ele diz, contudo, que isso não significa que 90% dos jornalistas vão perder seu trabalho. "Isso significa que os jornalistas vão poder ampliar seu campo de atuação. O mundo das notícias vai se expandir", assinala. "Os jornalistas não vão precisar escrever reportagens a partir de dados. Tudo será feito por máquinas", acrescenta.
Médicos
Robôs podem não ser os melhores acompanhantes, mas certamente são capazes de analisar dados para descobrir possíveis tratamentos para doenças.
O Watson, um supercomputador da IBM, está atuando em conjunto com dezenas de hospitais nos Estados Unidos para oferecer recomendações sobre os melhores tratamentos para diversos tipos de câncer. E a partir do software desenvolvido pela companhia, também está ajudando a detectar câncer de pele em estágio inicial.
Por anos, robôs também vêm ajudando médicos a realizarem cirurgias. A velocidade é um fator crucial no sucesso de tais operações e as máquinas são capazes, por exemplo, de costurar vasos sanguíneos muito mais rápido do que os humanos.
A cirurgia automatizada, contudo, não é infalível e um relatório de segurança recente mostrou que essas operações estavam associadas a pelo menos 144 mortes nos Estados Unidos na última década. Atualmente, homem e robô vêm trabalhando lado a lado na medicina, mas talvez o cenário mude no futuro, acreditam especialistas.
"Dificilmente os médicos vão ceder o controle do tratamento dos seus pacientes às máquinas", afirmou o cientista Jerry Kaplan, em seu livro Humans Need Not Apply. "Mas futuramente, quando houver evidências de que as máquinas são a melhor opção, pacientes vão pedir para serem diagnosticados por robôs, que são definitivamente mais baratos do que seres humanos".
Barman
O cruzeiro de luxo Anthem of the Seas lançou recentemente uma ideia pioneira: um bar automatizado a partir da Shakr Makr, uma máquina desenvolvida pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos) há alguns anos.
As bebidas podem ser pedidas por meio de um tablet e usuários não estão limitados ao menu que recebem à mesa – eles podem, inclusive, criar seu próprio coquetel.
O braço robótico mistura o coquetel e o coloca em um copo de plástico (para evitar acidentes) que é acoplado a uma tina (as habilidades da máquina ainda não são muito precisas). Toda a operação é feita com certo glamour, contudo ─ a máquina não só mistura o coquetel quando o sacode antes de terminá-lo.
A reportagem da BBC provou dois coquetéis feitos por um robô e dois outros por um barman. O resultado foi heterogêneo. Na opinião da reportagem, as bebidas preparadas pela máquina, no entanto, não eram saborosas ─ faltou-lhes apuro, como o toque final de limão que o barman adicionou.
A questão aqui não é assustar ninguém, mas sim mostrar que o universo da tecnologia nos permitirá ir muito mais além em todas as áreas de conhecimento, proporcionando uma grande melhoria na qualidade de vida e consequentemente nos deixando mais preparados a desempenhar funções, e você o que espera desse futuro tão cativante que nos aguarda?
Fonte: Portal G1