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Delfi-Tron

Testes da Delfi-TRON - reta final

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Liderados pela TRON, pesquisadores e profissionais trabalham nos testes finais para a produção da Delfi-TRON, uma máscara respiratória reutilizável, de baixo custo, feita em impressoras 3D domésticas. As máscaras serão doadas a profissionais de saúde no combate à Covid-19 no Piauí. Os equipamentos de proteção individual (EPI) utilizam como material principalmente o composto biodegradável PLA, considerado um bioplástico e que não oferece danos à respiração. No projeto, o PLA é performado e consegue manter a porosidade necessária para impedir a penetração do vírus.


Como filtros da máscara, os testes apontam a eficácia de materiais de baixo custo, como discos de algodão comuns vendidos em farmácias, e que, segundo os pesquisadores, podem ser utilizados em média de 6 a 8 horas seguidas, dependendo da densidade do material. A cada utilização, basta higienizar a máscara, com álcool em gel a 70% ou solução de hipoclorito de sódio a 1º (água sanitária convencional), trocar o filtro e voltar a usar.
A máscara, chamada de Delfi-TRON, é resultado do estudo de diversas máscaras já existentes no mercado, com aperfeiçoamento de características como ergonomia, praticidade no uso de diferentes filtros e a possibilidade de usos sucessivos do material. Pesquisadores de áreas de como física, farmácia e biomedicina, além de médicos de diversas especialidades têm testado o uso da máscara por horas, para avaliar a ergonomia. Os relatos, até agora positivos, destacam especialmente o conforto no uso, o bom encaixe das faixas que fixam o equipamento com segurança à cabeça e a possibilidade de acoplar uma folha de acetato, que fortaleceria ainda mais proteção contra o vírus.

O trabalho voluntário é resultado do esforço de cerca de 30 profissionais e pesquisadores, que realizam os testes dos protocolos no Laboratório de Biotecnologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba – UFDPAr.

O projeto da máscara é open-source e pode ser melhorado por pessoas do mundo inteiro, criando, assim, versões para diferentes tipos de aplicação. Estima-se que cada máscara custe entre R$ 5 a R$ 15, dependendo da escala de produção. Para se ter uma ideia, uma impressora 3D amadora, que custa em média de R$ 1.400 a R$ 3.500, é capaz de produzir 5 máscaras a cada 24 horas.

Graças a patrocínios de instituições como a FIEPI e SESC PI e MG, a iniciativa já conseguiu recursos para a compra de 20 impressoras 3D e aquisição de mais de 300 quilos de material PLA, suficientes para produzir as primeiras 1000 Delfi-TRONs, que serão doadas à Secretaria de Saúde de Parnaíba e algumas para o Hospital Universitário da UFPI, em Teresina, para realização de testes pelos profissionais.

Iniciativa arrecada doações - Para fazer as máscaras chegarem a mais cidades, a iniciativa público-privada está captando recursos por meio de uma vakinha online. As doações de valores a partir de 25 reais podem ser feitas pelo site ( vaka.me/930362) e serão usadas para compra de mais impressoras e materiais. “A hora é de centrar esforço, testar ideias e obter o resultado prático, que requer dedicação, conhecimento e um pouco de controle. Estamos tentando seguir ao máximo os protocolos da áreas da saúde e os protocolos da Anvisa, fazendo os testes que achamos necessários frente a essa situação”, avalia o Dr. em Física, Gildário Lima, sócio-fundador da TRON, e pesquisador da UFDPar, à frente da iniciativa.

São patrocinadores na iniciativa de construção e performance das EPIs: a TRON, FIEPI e SESC PI-MG, tendo como parceiros a UFDPar, a Maida Health, Delta Thinkers, Boa Impressão 3D, UFPI, Instituto de Tecnologia e Pesquisa e Unit – Universidade Tiradentes.
Os passos da pesquisas estão documentados no site www.tron-edu.com/mascara.

Author: Comunicação TRON
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